O deputado estadual responsabiliza tanto o governador Confúcio Moura quanto o secretário Williames Pimentel pelo descaso
Porto Velho, RO – É trágico quando uma página de humor se vê obrigada a expor algo totalmente sem graça, desumano. Mas não fosse o serviço de utilidade pública prestado pelo Humor em PVH através do Facebook, muita gente não saberia a respeito de uma abominação administrativa que ocorre em Porto Velho e é patrocinada pelo próprio Estado de Rondônia.
Os pacientes tratados no Pronto Socorro João Paulo II estão sendo amontoados na garagem do hospital por falta de espaço e esta, segundo o deputado estadual Hermínio Coelho (PDT), é apenas a ponta do iceberg de uma série de abominações praticadas pelo governador Confúcio Moura (MDB) com auxílio do secretário de Saúde Williames Pimentel.
Na semana passada, inclusive, um vídeo publicado por uma paciente tomou as redes sociais demonstrando a incompetência administrativa nas dependências do João Paulo II.
À ocasião, Hermínio se pronunciou destacando rombo orçamentário praticado por Pimentel em 2017, quando o secretário extrapolou a previsão de gastos autorizada pelo Legislativo, obrigando, assim, o Estado a usar recursos de fundos especiais para preencher a lacuna financeira.
“…orçamento da Saúde em 2017 foi estimado e aprovado pela Assembleia Legislativa no valor de R$ 900 milhões. O secretário corrupto, por sua vez, mesmo com o valor astronômico autorizado pelo Legislativo, estourou a receita em R$ 180 milhões. E aí você questiona: onde está todo esse dinheiro?”, questionou à ocasião.
Após saber da denúncia apresentada pela página de humor, difundida por inúmeros seguidores revoltados com a situação, Coelho reiterou a pergunta: onde está o dinheiro da Saúde Pública de Rondônia?
“Vamos tomar as providências necessárias para formalizar a denúncia, colocando os órgãos competentes a par da situação para que possam agir. O Ministério Público e a Justiça não irão ignorar esse desastre, essa canalhice proporcionada pelo governo Confúcio”, lamentou.
O que ocorre no João Paulo II, de acordo com o deputado, é “É desumano, criminoso, uma tragédia sem igual”, e deve haver resposta à altura aos desmandos e às omissões desencadeadas pelo Estado.
“Isso deveria render cadeia! Essas pessoas são seres humanos jogados ao relento, como se fossem bichos, largados à própria sorte enquanto esperam o mínimo de respeito do Estado de Rondônia. Vamos até o fim para responsabilizar esses criminosos pelo que estão fazendo com o povo!”, concluiu.